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A Justiça de
Naviraí determinou a retirada de 170 índios da beira do rio Hovy
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“(…) Avaliamos a nossa situação e concluímos que vamos
morrer todos mesmo em pouco tempo, não temos e nem teremos perspectiva de vida
digna e justa tanto aqui na margem do rio quanto longe daqui. Estamos acampados
a 50 metros do rio Hovy, onde já ocorreram quatro mortes, sendo que dois
morreram por meio de suicídio e dois em decorrência de espancamento e tortura
de pistoleiros das fazendas. Moramos na margem deste rio Hovy há mais de um
ano, estamos sem assistência nenhuma, isolados, cercado de pistoleiros e
resistimos até hoje. Comemos comida uma vez por dia. Tudo isso passamos dia a
dia para recuperar o nosso território antigo Pyelito kue-Mbarakay”.
O trecho faz parte da carta de socorro escrita pela tribo guarani-kaiowá, na terceira semana de outubro, e divulgada logo depois que a Justiça de Naviraí (MS) determinou a expulsão de 170 índios que vivem na beira do rio Hovy, no município de Iguatemi, no Mato Grosso do Sul. O fato, pouco veiculado nas mídias, chamou a atenção de internautas, como a Valéria F., como se identifica como a brasileira que criou a petição “Salvemos os índios Guarani-Kaiowá – URGENTE!“.
O documento, que ultrapassou 50 mil assinaturas até o fechamento da matéria, será enviado à presidenta do Brasil, Dilma Rousseff; à Justiça Federal; e ao governador do mato Grosso do Sul, André Puccinelli.
Segundo a petição, com a determinação da
justiça, os índios correm o risco de genocídio. “Pedimos ao Governo e à Justiça
Federal para não decretar a ordem de despejo/expulsão, mas decretar nossa morte
coletiva e enterrar nós todos aqui. Pedimos para decretar nossa extinção/dizimação
total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e
enterrar nossos corpos. Este é o nosso pedido aos juízes federais”, frisaram.”
Foto: nagillum
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